Farmacovigilância é um termo que talvez não faça parte do vocabulário diário da maioria das pessoas, mas a importância dela no contexto da saúde pública é inegável.
Trata-se de uma área crítica da Medicina e da Farmácia dedicada à coleta, ao monitoramento, à pesquisa, à avaliação e à prevenção de efeitos adversos ou qualquer outro problema relacionado a medicamentos.
Após a aprovação e o registro de um medicamento, inicia-se um importante processo contínuo de vigilância. E, para os gestores de farmácias clínicas ou hospitalares, compreender sobre isso é imprescindível. Saiba mais, a seguir!
O que é farmacovigilância?
A farmacovigilância é uma área fundamental no campo da saúde, dedicada à segurança dos medicamentos após sua aprovação e comercialização.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) define farmacovigilância como “a ciência e atividades relativas à identificação, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados ao uso de medicamentos”.
Dessa forma, a definição sublinha a importância de monitorar e avaliar continuamente os medicamentos utilizados pela população, visando a minimização dos riscos associados ao consumo deles.
Um dos principais objetivos da farmacovigilância é identificar, avaliar e monitorar a ocorrência de eventos adversos relacionados a medicamentos após o registro deles.
Portanto, é essencial para garantir que os benefícios de um medicamento superem os riscos potenciais.
Nesse contexto, um evento adverso é qualquer ocorrência médica indesejável que aconteça com o uso de um medicamento, independentemente de haver ou não uma relação causal direta com o tratamento. Isso inclui:
- Reações adversas;
- Ineficácia terapêutica;
- Erros de medicação;
- Interações medicamentosas, entre outros.
A farmacovigilância lida com uma ampla gama de questões críticas, incluindo:
- Reações adversas a medicamentos;
- Problemas decorrentes de desvios da qualidade dos produtos;
- Ineficácia terapêutica;
- Erros de medicação;
- Uso de medicamentos para indicações não aprovadas;
- Uso abusivo;
- Intoxicações;
- Interações medicamentosas.
Todas essas questões são fundamentais para assegurar a segurança dos pacientes e a eficácia dos tratamentos. Logo, enfatizam a relevância da farmacovigilância no âmbito da saúde pública e na prática médica cotidiana.
Por que a farmacovigilância é importante?
A farmacovigilância é vital para a saúde pública, porque garante a eficácia e segurança dos medicamentos, protege pacientes e informa práticas médicas e regulamentações.
Entre outros pontos, as atividades de farmacovigilância são importantes pelas seguintes razões:
- Segurança dos pacientes: garante que os medicamentos utilizados sejam seguros, monitorando e avaliando continuamente os efeitos adversos e outros problemas relacionados após a comercialização;
- Avaliação de benefícios e riscos: ajuda a assegurar que os benefícios de um medicamento superem os riscos potenciais, proporcionando uma base para decisões informadas sobre tratamentos;
- Identificação de eventos adversos: permite a detecção precoce de novos, raros ou graves eventos adversos associados aos medicamentos, contribuindo para a prevenção de danos futuros;
- Melhoria da informação sobre medicamentos: contribui para o aprimoramento das informações disponíveis sobre os medicamentos, permitindo atualizações das recomendações de uso, dosagens e advertências;
- Políticas de saúde pública: informa as políticas de saúde pública e as decisões regulatórias, garantindo a proteção da saúde da população;
- Confiança do consumidor: aumenta a confiança dos profissionais de saúde e dos pacientes nos medicamentos disponíveis no mercado, promovendo o uso racional deles.
Dicas de farmacovigilância para farmácias hospitalares
Os gestores de farmácias hospitalares têm uma responsabilidade ímpar em promover práticas de farmacovigilância eficazes.
A seguir, veja algumas dicas essenciais para gestores de farmácias hospitalares visando aprimorar a farmacovigilância:
Implemente sistemas de monitoramento eficazes
É fundamental estabelecer sistemas robustos para monitorar e registrar eventos adversos relacionados ao uso de medicamentos.
Ou seja, isso inclui a criação de formulários padronizados e sistemas eletrônicos de reporte que facilitem a coleta de dados detalhados e precisos.
Promova a cultura de notificação
Encoraje uma cultura em que todos os profissionais de saúde se sintam confortáveis e responsáveis por reportar eventos adversos e quaisquer outras preocupações relacionadas a medicamentos.
Assim, a eliminação da culpa é crucial para garantir que os eventos sejam reportados sem medo de represálias.
Trabalhe em colaboração com outros departamentos
Trabalhe em colaboração com outras unidades do hospital, como as de qualidade e segurança do paciente.
A ideia é que os setores possam compartilhar informações e desenvolver estratégias integradas de gestão de riscos relacionados a medicamentos.
Analise dados e forneça feedbacks
Analise os dados coletados sobre eventos adversos para identificar padrões ou tendências que possam indicar problemas maiores. Use essas informações para implementar mudanças e melhorias.
Além disso, forneça feedback regular à equipe sobre os resultados das análises e as ações tomadas.
Esperamos que este conteúdo tenha sido útil para você aprender mais sobre farmacovigilância e boas práticas na área!
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